Relatório de duas organizações internacionais, divulgado nesta sexta (11), mostra que a produção de gado e de biocombustível vai aumentar, relativamente à produção de cereais, na próxima década em todo o mundo.
No documento Perspectivas Agrícolas 2014-2023, da Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica (OCDE) e do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a alteração do padrão na alimentação humana e a procura crescente de biocombustível vão levar à menor produção de cereais primários, como o trigo e o arroz.
A atividade agrícola deverá voltar-se para a produção de cereais secundários, como aveia, milho, cevada e sorgo, e plantas oleoginosas, como soja e colza, para responder ao aumento da procura para alimentação e combustível.
Apesar de os cereais continuarem a ser dominantes na dieta humana, o aumento do rendimento per capita, a urbanização e a alteração dos hábitos alimentares contribuem para uma mudança para dietas mais ricas em proteínas, gorduras e açúcares.
Assim, "os preços dos cereais deverão baixar durante um ou dois anos, e depois se estabilizar em níveis superiores ao do período anterior a 2008". Em contrapartida, os preços da carne, dos laticínios e do peixe vão aumentar, mas em termos reais e a médio prazo, os preços dos cereais e produtos animais vão sofrer uma desaceleração, indica o relatório.
A produção mundial de peixe vai beneficiar os países em desenvolvimento. Os elevados custos, em um contexto de procura estável, vão manter o preço do peixe acima da média histórica, impedindo um aumento do consumo do produto na próxima década.O aumento da produção vai ser garantido sobretudo pelos países em desenvolvimento na Ásia e América Latina. O Continente Americano "vai reforçar a posição como região exportadora, tanto em valor quanto em volume, enquanto a África e a Ásia deverão aumentar as importações para responder à procura".
A aplicação de reformas - como a da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia (UE) em 2013 e a Lei Agrícola nos Estados Unidos - permitiram melhor adaptação dos mercados às exigências da procura e da oferta, de acordo com o relatório.
No levantamento, a FAO e a OCDE centraram a atenção na Índia, "o segundo país mais povoado do mundo, com o maior número de agricultores e de pessoas sem segurança alimentar".
O documento destaca que a nova Lei de Segurança Alimentar indiana é a iniciativa mais importante para o direito à alimentação aprovada até o momento no país. A legislação beneficia mais de 800 milhões de pessoas com cotas subsidiadas de cereais.
A produção agrícola indiana registrou forte crescimento anual na última década devido aos subsídios concedidos para o uso de fertilizantes, pesticidas, sementes, água e luz.
O relatório prevê que a Índia deve se transformar no primeiro produtor mundial de leite, ultrapassando a UE, especialmente na produção de leite em pó desnatado.
No documento Perspectivas Agrícolas 2014-2023, da Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica (OCDE) e do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a alteração do padrão na alimentação humana e a procura crescente de biocombustível vão levar à menor produção de cereais primários, como o trigo e o arroz.
A atividade agrícola deverá voltar-se para a produção de cereais secundários, como aveia, milho, cevada e sorgo, e plantas oleoginosas, como soja e colza, para responder ao aumento da procura para alimentação e combustível.
Apesar de os cereais continuarem a ser dominantes na dieta humana, o aumento do rendimento per capita, a urbanização e a alteração dos hábitos alimentares contribuem para uma mudança para dietas mais ricas em proteínas, gorduras e açúcares.
Assim, "os preços dos cereais deverão baixar durante um ou dois anos, e depois se estabilizar em níveis superiores ao do período anterior a 2008". Em contrapartida, os preços da carne, dos laticínios e do peixe vão aumentar, mas em termos reais e a médio prazo, os preços dos cereais e produtos animais vão sofrer uma desaceleração, indica o relatório.
A produção mundial de peixe vai beneficiar os países em desenvolvimento. Os elevados custos, em um contexto de procura estável, vão manter o preço do peixe acima da média histórica, impedindo um aumento do consumo do produto na próxima década.O aumento da produção vai ser garantido sobretudo pelos países em desenvolvimento na Ásia e América Latina. O Continente Americano "vai reforçar a posição como região exportadora, tanto em valor quanto em volume, enquanto a África e a Ásia deverão aumentar as importações para responder à procura".
A aplicação de reformas - como a da Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia (UE) em 2013 e a Lei Agrícola nos Estados Unidos - permitiram melhor adaptação dos mercados às exigências da procura e da oferta, de acordo com o relatório.
No levantamento, a FAO e a OCDE centraram a atenção na Índia, "o segundo país mais povoado do mundo, com o maior número de agricultores e de pessoas sem segurança alimentar".
O documento destaca que a nova Lei de Segurança Alimentar indiana é a iniciativa mais importante para o direito à alimentação aprovada até o momento no país. A legislação beneficia mais de 800 milhões de pessoas com cotas subsidiadas de cereais.
A produção agrícola indiana registrou forte crescimento anual na última década devido aos subsídios concedidos para o uso de fertilizantes, pesticidas, sementes, água e luz.
O relatório prevê que a Índia deve se transformar no primeiro produtor mundial de leite, ultrapassando a UE, especialmente na produção de leite em pó desnatado.